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Prêmio Zeferino Vaz é entregue a 20 destaques de 2007

Ter recebido pela segunda vez o Prêmio de Reconhecimento Acadêmico "Zeferino Vaz" foi para o professor da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp, Roberto Vilarta, um indicador de que está no caminho certo e de que conseguiu chegar à fórmula para equilibrar suas atividades. "Este reconhecimento para o professor que pensa numa carreira é um estímulo maior para desenvolver de forma integrada as atividades de ensino, pesquisa e extensão", opinou. Vilarta e os demais 19 ganhadores do Prêmio, que foram indicados por suas unidades de origem, receberam ontem (11) aprovação pública da Universidade, testemunhada pela comunidade na sala do Conselho Universitário (Consu).

Esse Prêmio é conferido anualmente a docentes ativos que atuam em regime de dedicação exclusiva e que tenham se destacado nas suas funções de docência e pesquisa. Cada unidade de ensino e pesquisa indica um premiado por ano, dentre os docentes que apresentaram relatório trienal de atividades entre 1 de setembro do ano anterior e 31 de agosto do ano em curso. Os premiados são selecionados após várias etapas de exame por especialistas externos à Unicamp. Este prêmio reconhece o desempenho acadêmico excepcional.

O reitor José Tadeu Jorge cumprimentou os ganhadores dizendo que o prêmio tem como tônica o fato de a Unicamp ser a melhor Universidade do país, mostrando indicadores que assim o comprovam na graduação, na pós-graduação e na extensão. "Na graduação, temos a maior porcentagem de 4 e 5 estrelas do Guia do Estudante. Na pós-graduação, temos a melhor média dos cursos de avaliação da Capes. Na pesquisa, temos o maior número de artigos publicados per capita. Na extensão, realizamos na Saúde a maior quantidade de atendimentos e de maior abrangência; é a instituição universitária com o maior números de patentes, bem como de licenciamentos; a Unicamp se sobressai na formulação de políticas públicas", elencou.

Foram contemplados neste 2007 os professores Armando Lopes Moreno Junior (FEC), Bastiaan Philip Reydon (IE), Carlos Roberto de Souza Filho (IG), Cid Carvalho de Souza (IC), Dario Fiorentini (FE), Eduardo Granado Monteiro da Silva (IFGW), Elide Rugai Bastos (IFCH), Fernando Cendes (FCM), Helena Teixeira Godoy (FEA), Iara Lis Franco Schiavinatto (IA), José Antenor Pomilio (FEEC), Kátia Lucchesi Cavalca Dedini (FEM), Marcelo da Silva Montenegro (Imecc), Maria Cristina Cintra Gomes Marcondes (IB), Paulo Elias Allane Franchetti (IEL), Pedro Luiz Rosalen (FOP), Raquel Gonçalves (Feagri), Roberto Vilarta (FEF), Telma Teixeira Franco (FEQ) e Watson Loh (IQ).

O pró-reitor de Pesquisa, Daniel Pereira, salientou os últimos números da Unicamp que expressam sua posição vantajosa no cenário da pesquisa e da educação. "O trabalho da Universidade tem sido contínuo. Os 20 docentes distinguidos no prêmio concorreram com outros 600, mediante análise de currículo. A eles, somente temos a agradecer, pois representam uma parte relevante do que é feito aqui." Para a pró-reitora de Pós-Graduação, Teresa Dib Zambon Atvars, é um orgulho premiar os talentos que têm contribuído de forma diferenciada para suas unidades. "É um esforço coletivo para a construção de uma universidade que não pára", frisou.

Distinção - Eduardo Granado Monteiro da Silva, do Instituto de Física "Gleb Wataghin" (IFGW), é um dos mais novos a receber o Prêmio Zeferino Vaz. Há três anos como docente do Departamento de Eletrônica Quântica, ele acredita que este resultado é uma combinação entre o trabalho docente, qualidade das aulas e de orientação a alunos. Eduardo trabalha na linha de pesquisa "Interações em radiação e matéria".

Já o neurologista Fernando Cendes, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), recebe pela primeira vez tal distinção e a divide com o seu grupo de pesquisa. Cendes acha que, apesar do notável equilíbrio entre suas atividades acadêmicas, o diferencial é justamente a sua produção científica. O médico chegou aos 91 trabalhos publicados em revistas indexadas. "Estas pesquisas têm sido bastante citadas, não somente pelo seu componente teórico. Nossa linha de pesquisa tem uma forte inserção social, pois relaciona-se a problemas de saúde que se refletem, em médio e longo prazo, na melhoria da qualidade de vida e saúde da população. Uma das importantes conquistas do ano para Cendes foi ter ajudado a conceber a Rede Cinapce, que entrou em vigor recentemente. Uma curiosidade: sua mulher, Íscia Lopes Cendes, também da FCM, recebeu o Prêmio Zeferino Vaz de 2006.

(Isabel Gardenal)
Fotos: Antônio Scarpinetti
Edição de imagens: Natan Santiago