Feagri em Foco
2007
Para Paulo Graziano Magalhães, professor da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, o Brasil passa por um momento favorável. "O país tem capacidade de produzir álcool e açúcar com preços altamente competitivos. No caso do álcool como combustível, o que faltou por um período foi confiança na disponibilidade do produto. Nesses 30 anos a cadeia produtiva amadureceu. Veja o sucesso dos carros flex entre os consumidores", observa.
A uva niagara rosada é a mais aceita pelo consumidor brasileiro. Seu gosto perfumado e doce faz com que seja considerada a uva de mesa mais vendida no país, sendo que a região de Campinas é uma das principais produtoras. Mas, para chegar até as famílias, o caminho percorrido é marcado por muitos entraves que o engenheiro Daniel Gomes fez questão de detalhar em sua pesquisa de mestrado. "As embalagens são impróprias para acondicionar a fruta e o transporte não é especializado, para citar apenas algumas das falhas no processo", explica Gomes.
O orientador do trabalho, o professor Antonio Carlos de Oliveira Ferraz, acredita que exista espaço para o incremento de tecnologias que possibilitem um produto mais qualificado para o consumidor, pois uma das principais preocupações são as características com que a fruta chega ao seu destino e a perda da qualidade ao longo do trajeto, estimado em torno de 20%.
O empresário José Wilson Vedroni colocou em prática uma solução relativamente simples, mas que ninguém ainda havia experimentado. A partir de uma consultoria prestada por ele, surgiu a idéia de aproveitar os resíduos gerados pela construção civil para pavimentação de ruas e fechamento de valas na cidade paulista de Piracicaba. O processo foi tão bem-sucedido que outra administração pública resolveu importar a idéia e implantar o mesmo sistema em Vinhedo. Além de oferecer um destino seguro para os entulhos de construções e demolições, a solução barateia procedimentos normalmente dispendiosos realizados por prefeituras.
Solução barateia procedimento dispendioso
Segundo cálculos feitos por Vedroni, que apresentou dissertação de mestrado sobre o tema na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), uma cidade como Campinas, por exemplo, poderia economizar, em média, cerca de R$ 4,5 milhões/ano ao reciclar resíduos de demolição, oriundos de reformas de residências e de áreas comerciais e industriais, utilizando-os em pavimentação. O único investimento, no caso, seria a implantação de usinas de reciclagem, cujo custo compensaria em relação ao benefício que a iniciativa traria às administrações públicas e ao meio-ambiente.
No último dia 23 de março ocorreu a 50ª formatura do curso de Engenharia Agrícola da UNICAMP que permitiu a FEAGRI atingir 522 formados. Além da importância de toda formatura, essa cerimônia foi especial pois chegamos ao nosso Engenheiro Agrícola formado de número 500. Para marcar esse acontecimento a Diretoria homenageou o Eng. Marco Jim Gui Vallin que recebeu uma pequena lembrança da UNICAMP. O nome do Eng. Marco foi escolhido pela participação constante que teve nos órgãos colegiados da Faculdade e as contribuições que deu no aprimoramento do curso e de apoio a seus colegas.
Os órgãos públicos também podem se beneficiar com empresas juniores. A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento SA, Sanasa, utilizou o trabalho da Agrológica Projetos e Consultoria, a EJ da Engenharia Agrícola da Unicamp, para executar o Monitoramento Linear do Rio Atibaia, que possui uma área de drenagem de cerca de 2.817,88 Km2 e está em uma região que compreende vários municípios da região de Campinas, no interior de São Paulo.
O Projeto, que se estendeu de dezembro de 2004 a outubro de 2005, teve como objetivo reconhecer vários pontos de ocorrências ao longo do rio. Foram observados locais de efluentes urbanos e industriais, nascentes próximas, visualização da degradação da mata ciliar, pontos de assoreamento e erosão e principais impactos e áreas com necessidade imediata de manejo.
"Foi o segundo maior projeto da empresa júnior", conta o presidente da Agrológica, Marcelo Mítica.
Para a escolha do candidato, foram feitos testes escritos e práticos, além de análises do desempenho acadêmico. A seleção foi fundamental para o sucesso do Monitoramento - pois os estagiários se dedicaram muito ao projeto, que foi dividido em duas etapas: Levantamento de Dados em Campo e Monitoramento Aéreo.
O trabalho realizado pela Agrológica está ajudando a Sana!!a na busca de medidas de preservação e recuperação do Rio Atibaia. Algumas medidas já foram tomadas após a conclusão do projeto, como o tratamento de esgoto lançado no rio, recuperação da mata ciliar, controle de perdas de distribuição de água e tratamento do lodo proveniente das Estações de Tratamento de Água.
O impacto deste projeto perante a comunidade tem um valor relevante, já que serve de base para melhorar as condições do meio ambiente da região. O resultado foi. tão satisfatório que já existe uma nova negociação para desenvolver trabalho semelhante em outro rio da região. O projeto da Agrológica foi um dos finalistas do Prêmio da Qualidade da Fejesp em 2006.
ESTADÃO JÚNIOR
QUINTA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2007. NÚMERO 6.
Responsável: Lenita Outsuka - Mtb14329
Em tempos de estresse, com tantas pessoas da cidade buscando momentos de sossego no campo, o turismo rural é apontado como boa alternativa de complementação de renda para os agricultores familiares. Esta alternativa, porém, não vem sendo viabilizada na prática, ao menos no Estado de São Paulo. Nos locais mais aprazíveis, o turismo está provocando a valorização das terras e induzindo o agricultor a vendê-las e a mudar-se para a zona urbana, quando não permanece como empregado do novo proprietário.
Atividade vira fonte de renda de citadinos
Chamados de neo-rurais, os citadinos que decidiram morar no campo é que, efetivamente, fazem do turismo uma fonte de renda, transformando as propriedades em pousadas ou exercendo outras atividades de serviços. A constatação está em tese de doutorado da geógrafa Maria Dalva Oliveira Soares, defendida na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, sob orientação das professoras Maria Angela Fagnani e Sonia Maria Bergamasco.
O composto orgânico de lodo de esgoto, que a engenheira agrônoma Vera Cristina Ramalho Padovani batizou de "Cole", foi testado isoladamente e em mistura com a casca de arroz carbonizada em concentrações diferentes de cada um dos materiais. Foram cinco tratamentos, em níveis de 100% a 60% do composto testado no viveiro da Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, em Mogi Guaçu.
A pesquisa de mestrado, orientada pelo professor Durval Rodrigues de Paula Júnior, da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), apontou que os tratamentos com maior eficiência no desenvolvimento das plantas foram os que associaram de 70% a 80% do "Cole" e de 20% a 30% de casca de arroz carbonizada.
A Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) recebeu, no anfiteatro da faculdade, a visita da diretora do Programa Acadêmico SAS Américas, Polly Mitchell, e da gerente de Educação para a Região Sul da América Latina, Andrea Szyfer. Na agenda, uma apresentação do Programa Acadêmico SAS para toda comunidade acadêmica. Além disso, o organizador do evento, professor Luiz Henrique Rodrigues, fez um breve histórico do convênio existente entre a Unicamp e o SAS, além da situação atual da parceria Feagri/SAS. De acordo com Andrea, o programa acadêmico envolve benefícios para professores, alunos e pesquisadores de toda a universidade. "A Unicamp é um cliente SAS e tem muitas licenças. A idéia é mostrar o programa, que talvez não seja do conhecimento de muitas pessoas, para que tenham acesso a todas as vantagens que ele oferece", afirmou Andrea. A abertura da palestra teve a presença do diretor da Feagri, Roberto Testezlaf.
Fotos:Antônio Scarpinetti
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Campinas, 13 de Março - Foi entregue na semana passada em Curitiba (PR), durante a realização da Ave Expo 2007, o Prêmio "Melhores da Avicultura", a partir de eleição efetuada entre os leitores da revista Aveworld. A Professora Dra. Irenilza de Alencar Nääs, da Faculdade de Engenharia Agrícola - UNICAMP, melhor Pesquisadora.
Para abastecer 5% do mercado mundial de álcool combustível, o Brasil precisará aumentar a sua produção em seis vezes mais, atingindo 100 bilhões de litros. O dobro disso, seria necessário para substituir 10% do consumo mundial de gasolina. Esse potencial pode ser alcançado pelo país até o ano de 2025, segundo previsões apresentadas pelo professor Luiz Cortez, da Faculdade de Engenharia Agrícola e Coordenador de Relações Institucionais e Internacionais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).