Desde o início do semestre, cerca de 15 banquinhos estão sendo feitos com capricho para alegrar o Natal das crianças. O presente, que possivelmente será utilizado na brinquedoteca do hospital, será enviado juntamente com uma cartinha, dirigida aos responsáveis pela instituição.

O professor é quem dá as orientações do "ofício". Abre um parêntesis para falar de matéria-prima. Enquanto mostra os materiais empregados nas aulas, chega a comentar sobre o futuro da madeira maciça. Lamenta que ela poderá desaparecer, principalmente pela falta de atenção que recebe e diz que muitas pessoas têm se dedicado com afinco ao seu comércio clandestino.
Beraldo conta que quando os alunos chegam ao laboratório dizem que não sabem fazer absolutamente nada. "Aos poucos, passam voluntariamente mais horas no laboratório, descobrindo potenciais ocultos. É uma forma singela de retribuírem o que recebem da Universidade, entregarem o produto para pessoas que nem conhecem e aprenderem trabalhar em equipe", acredita.
Para Beraldo, as duas horas de aulas diariamente equivalem a uma experiência de vida. É ainda uma forma pouco convencional de ensinar. O professor vem ampliando ações neste sentido, com viagens semestrais a Boa Esperança do Sul-SP, local onde os alunos visitam a Ripasa, cuja fazenda-modelo possui cerca e 6 mil hectares de eucalipto. A cidade, destaca ele, é um importante pólo de apicultura.
(Isabel Gardenal)
Fotos: Antônio Scarpinetti
Edição de imagens: Natan Santiago